Renda nos EUA atinge nível recorde em 2016

A renda média das famílias americanas subiu para nível recorde no ano passado, e o índice de pobreza caiu no país. Os dados refletem o crescimento persistente da economia, que contribuiu para melhorar a sorte de um maior número de americanos, segundo relatório anual do Departamento do Comércio.
A renda média, corrigida, das famílias aumentou 3,2%, para US$ 59.039 anuais no ano passado, em relação aos US$ 57.230 de 2015. A renda média cresceu 2% entre os brancos não-hispânicos, 5,7% entre os negros e 4,3% entre os hispânicos no mesmo período de comparação. As famílias de origem asiática registraram a maior renda média no ano passado, com uma elevação de 4,2% em relação a 2015. O número de mulheres chefes de família ultrapassou o de homens. O índice de pobreza caiu de 13,5% para 12,7%, o que representa 40,6 milhões de americanos.
Os resultados mostram que a melhora da renda ajudou a diminuir ainda mais a pobreza em 2016, o último ano do governo do presidente Barack Obama, como mostrou matéria da Bloomber, assinada por Shobhana Chandra e Jordan Yadoo, publicada no Valor de 13/09.
A solidez do mercado de trabalho provavelmente teve seu papel na mudança. A economia criou 2,2 milhões de novos empregos no ano passado, e a taxa de desemprego tinha caído para 4,7% no fim do ano. Recuou ainda mais nos últimos meses, para o menor percentual dos últimos 16 anos.
Embora a pobreza esteja caindo gradualmente, uma aceleração sustentada dos salários continua ausente neste ciclo de expansão. O índice de pobreza de 2016 não foi “estatisticamente diferente” do nível de 12,5% registrado em 2007, no período pré-recessão, segundo os dados divulgados ontem.
O relatório anual fornece um retrato mais abrangente, embora menos atual do que o relatório mensal de nível de emprego do Departamento do Trabalho, que mostra a média dos ganhos por hora dos trabalhadores do setor privado, ou do que o relatório mensal de renda pessoal do Departamento do Comércio.
O percentual de pessoas desprovidas de seguro-saúde caiu em 2016 para 8,8%, ou 28,1 milhões de pessoas, em relação aos 29 milhões de 2015.

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