Nova fronteira do consumo: a diversidade de comportamento das classes D e E

O foco mudou outra vez: agora o mercado deve se preparar também para a inserção social das classes D e E, a nova fronteira emergente. O novo quadro, marcado pela migração ao consumo destes novos emergentes será mercado pela diversidade de comportamento, demandas e necessidades.
Como mostrou matéria do Valor Econômico, edição de 13 de maio, pg F5, programas de fidelidade multiparceiros redirecionados, que oferecem pontos que não expiram, resgates facilitados, prêmios para o dia a dia e soma de pontos na família são as novas estratégias de acesso aos novos emergentes.
A antropóloga Luciana Aguiar, da Consultoria CDE, lembra que a classe média é composta de 93 milhões de pessoas com poder de consumo diverso e muita mobilidade social. Uma parcela significativa, 18 milhões, acendeu da classe baixa. Mas, o Brasil ainda tem 57 milhões de pessoas muito pobres, a “maioria no Nordeste” como insiste a antropóloga, e é uma população que “não pode ser desconsiderada e tende a mudar na medida do aumento de renda”.
É preciso entender o comportamento da pirâmide etária, da escolaridade e do regionalismo dessa população. Nas classes mais baixas, o número de crianças de zero a 14 anos é muito maior que nas demais enquanto na classe média emergente há mais pessoas nas faixas de população economicamente ativa dos 18 aos 55 anos. A classe mais alta, como mostram os estudos da consultoria, assemelha-se bastante à composição social de países europeus.
Enquanto para a classe alta o principal impulso de consumo é a personalização, a classe média busca a diferenciação e a mais baixa, ascensão e oportunidade. A antropóloga Luciana resumiu a conclusão do estudo da consultoria: “a classe média emergente busca a cesso ao conforto e um relacionamento com o varejo que a diferencie do resto, algo que a ajude a construir status”.

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