“Netflix dos apps” abre bons negócios para teles

O jogo ficará bem pesado. As operadoras de telecomunicações terão a chance de ganhar dinheiro com o download de aplicativos, um negócio milionário do qual estavam praticamente ausentes. É o clube de aplicativos, oferecido pela Bemobi, e que já conquistou as maiores teles: Oi, TIM, Vivo e Claro. As quatro companhias estão oferecendo o serviço, pelo qual o que usuário paga um valor fixo – não mais de R$ 6 mensais – para baixar quantas vezes quase 500 aplicativos entre os mais bem avaliados nos rankings internacionais.

Para as operadoras, a fórmula não poderia ser mais oportuna. Quando o usuário baixa aplicativos pelas lojas on- line Google Play ou pela App Store, da Apple, elas não são remuneradas. O clube traz a possibilidade que se beneficiem com a venda, como mosttou material de Heloísa Magalhães, no Valor de 14/05, pg B5.

Lançado no ano passado para celulares que usam o sistema operacional Android, do Google, o serviço fechou abril com 3,2 milhões de usuários pagantes no Brasil. O número mais que dobrou em quatro meses: em dezembro eram 1,5 milhão de adeptos, segundo a Bemobi, que batizou o serviço de “Apps Clube”.

O modelo está sendo chamado de “Netflix dos aplicativos” pelas operadoras. Como o serviço de filmes, a assinatura tem preço fixo e acesso ilimitado. Tanto a App Store como o Google Play, as maiores lojas on-line de aplicativos, oferecem softwares gratuitos, mas quando o usuário decide comprar um programa pago, faz isso separadamente. Dependendo do interesse do freguês, isso pode levar a um valor total salgado. Na App Store, o preço ainda vem cotado em dólar.

O problema é maior para quem tem criança em casa. Os pais sabem como é difícil saciar filhos pequenos. Muitos já sentiram no bolso o custo de adquirir vários (ou todos os) aplicativos da Galinha Pintadinha ou da Turma da Mônica. Dependendo do grau de envolvimento com jogos e outros serviços, adultos enfrentam o mesmo dilema.

A Oi foi a primeira a apostar no novo modelo comercial. Lançou em março de 2014. Depois foi a Vivo, em outubro. TIM e Claro aderiram em dezembro.

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