Na universidade, formados em cursos presenciais diminuem entre 2012 e 2011

As mudanças na universidade brasileira foram bem mais rápidas do que o imaginado. A quantidade de alunos negros e pardos no ensino superior aumentou em um ritmo muito mais acelerado do que a expansão das matrículas. Depois, enquanto o número de formados em cursos presenciais registrou queda de 0,1% entre 2012 e 2011, os concluintes de graduações a distância cresceu 10,1%, na mesma comparação.

Os dados do Censo da Educação Superior 2012 mostram que o universo de matrículas de alunos negros e pardos cresceu 15,4% entre o ano passado e 2011, enquanto o total de matrículas no ensino de terceiro grau no período avançou apenas 4,4%, na mesma comparação. A política de cotas raciais e sociais, além de outras ações afirmativas aplicadas tanto pelo governo federal como pelos estaduais, estão entre os fatores que explicam essa diferença de ritmo de matrículas entre os dois grupos.

O universo total de estudantes do ensino superior passou de 6,739 milhões para 7,037 milhões entre 2001 e 2012, como mostrou matéria do Globo de 31/10, pg 10. Nesse período, o País passou de 807.199 negros e pardos, 11,9% do total, para 933.685, 13,2% das matrículas. No ano passado, 1,6 milhão dos alunos universitários declararam-se brancos e 1,9 milhão preferiram não declarar sua cor. O Ministério da Educação não dispõe de informações mais precisas, inclusive raciais, sobre 2,46 milhões de alunos do ensino superior. Já o número de indígenas no ensino superior teve aumento de 5,3%, de 9.756 para 10.282 alunos, na comparação entre 2011 e 2012.

Em 2011, o Brasil tinha 30.420 cursos de graduação, 9.833 públicos e 20.587 privados. No ano passado, foram contabilizados 31.866 cursos, 10.905 públicos e 20.961 privados.

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