Google investe alto para descobrir por que alguns vídeos bombam na internet

Por que alguns vídeos explodem instantaneamente na rede e outros não? O sucesso na web em tão curto espaço de tempo deve ter um motivo, deve obedecer a alguma regra. Entender este processo pode parecer uma tarefa impossível. Não é o que pensa o Google que passou a financiar uma série de pesquisas, algumas bem acadêmicas, para entender o caminho do sucesso na rede.
O Google investiu inicialmente US$ 1 milhão – sem exigir direitos ou serviços em troca – inicialmente em quatro estudos de doutorado de pesquisadores brasileiros. Como mostrou matéria do estadão de 26/4, pg B15, este é o primeiro aporte deste tipo no Brasil. Os pesquisadores já estabeleceram algumas etapas até chegar ao sucesso na web, como a interferência de eventos externos (uma notícia não diretamente conectada ao vídeo) e a interação dos usuários com um conteúdo específico. As pesquisas já permitiram monitorar padrões de crescimento de popularidade que identificam etapas tanto na explosão como no sucesso gradual.
O Google trabalha com o fato de que são assistidos 4 bilhões de horas no YouTube todo mês. O que a empresa procurou financiar são estudos que tentem compreender os padrões comuns, o modo como as pessoas se comportam na internet. Este é um dos maiores desafios da empresa.
A utilidade de identificar comportamentos frente a internet interessa até para medir a reação de alunos de cursos à distância. O objetivo principal é saber quando o aluno está desatento nas vídeoaulas. E por que. O uso de webcams especiais, que capturam movimentos seguidos nas expressões faciais, e até instrumentos que medem condutividade na pele forma financiados pela empresa nas pesquisas realizadas por um consórcio de seis universidades públicas do Rio de Janeiro.
Os pesquisadores acreditam que serão capazes de prever quando um vídeo irá bombar na internet. Os grupos de pesquisa apoiados pelo Google estão na Universidade Federal de Minas Gerais, na Universidade Federal do Rio de Janeiro e também na PUC do Rio de Janeiro.

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