Google e Facebook dominam 60% dos anúncios digitais

Os gastos com anúncios digitais nos EUA atingirão US$ 83 bilhões, alta de 16%, segundo a eMarketer, com as receitas do Google avançando 15% e as do Facebook, 32%.
Os benefícios obtidos pelas duas empresas com os gastos on-line criaram um duopólio digital que está revolucionando os negócios com publicidade. Em 2015, elas ficaram com 75% do crescimento em publicidade on-line, segundo Mary Meeker, da Perkins Caufield & Byers, fundo de capital de risco americano. Vários analistas estimam que, excluindo o Google e o Facebook, o setor de anúncios digitais realmente encolheu no primeiro semestre de 2016., como mostrou artigo do Financial Times, assinado por Shannon Bond, publicado no Valor de 15/03.
A rápida ascensão da dupla de empresas ocorre quando os gastos on-line estão a caminho de ultrapassar a TV neste ano como maior fonte de receitas no setor de anúncios. O Google e o Facebook criaram seus modelos de negócio com base em buscas e exibição de anúncios, respectivamente, e ofertas em aparelhos móveis.
O Google deverá manter sua liderança em publicidade associada a resultados de buscas, expandindo sua participação para US$ 28,6 bilhões, ou quase 78% do mercado americano, abocanhando negócios do Yahoo e do Bing, da Microsoft, de acordo com a eMarketer.
O Facebook revela-se igualmente poderoso em exibição de anúncios, onde suas receitas vão crescer para US$ 16,3 bilhões, ou 39% do mercado, conquistando participação de mercado do Google, Yahoo e Twitter. O Facebook também expandirá sua participação em celulares graças ao Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos, que deverá contribuir com 20% das receitas móveis do Facebook neste ano, ante 15% em 2016.
O crescimento agressivo dos negócios com publicidade do Facebook está ajudando-o a aproximar-se de seu maior rival. A fatia do Facebook crescerá para quase 20% este ano, enquanto do Google cairá ligeiramente, para 40,7%.
Entre as empresas que competem pelo restante dos dólares de receitas com anúncios, o Snapchat está posicionado para um “crescimento explosivo”, embora a partir de uma pequena base.
Acredita-se que a receita publicitária da empresa cresça 158%, para US$ 770 milhões neste ano. A eMarketer reduziu sua estimativa de US$ 800 milhões devido a um compartilhamento de receitas superior ao esperado com parceiros. A participação da Snapchat nos gastos com publicidade móvel ainda é pequena, 1,3% neste ano, em comparação com os 32,4% do Google e 24,6% do Facebook.
O Twitter tem o pior desempenho e suas receitas publicitárias cairão 4,7%, para US$ 1,3 bilhão em 2017, e sua participação total em anúncios digitais diminuirá para 1,6%, prevê a eMarketer.

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