EUA surpreendem com mais emprego e alta de salários

A situação melhorou. E bem. A geração de vagas de emprego nos EUA superou as expectativas em novembro, e o país caminha para o melhor ano de contratações desde 1999, quando a economia do país crescia a quase 5%.
De acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira (5), foram criados 321 mil postos no mês, bem acima da previsão do mercado, de 230 mil. O número é o maior desde janeiro de 2012, como mostoru material da Folha , de Giuliana Vallone, de 7/12.
Novembro foi o décimo mês seguido em que foram registradas mais de 200 mil contratações. A taxa de desemprego ficou estável em 5,8%, mantendo-se no menor nível desde junho de 2008.
Além de um cenário melhor que o esperado para o emprego, os dados mostram que, diferentemente de outros meses, novembro teve ainda aumento significativo na renda do trabalhador.
O salário médio apresentou alta de US$ 0,09, para US$ 24,66 por hora. O aumento é o maior desde julho do ano passado. Na comparação com novembro de 2013, a renda média avançou 2,1%.
O presidente Barack Obama afirmou nesta sexta-feira que o aumento da renda mostrado no relatório “é um sinal muito bem-vindo para milhões de norte-americanos”.
Porém, os dados favoráveis contribuem para a previsão do mercado de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) deve iniciar um novo ciclo de elevação dos juros básicos já na primeira metade de 2015.
A taxa opera em uma banda perto de zero desde 2008. A autoridade monetária já afirmou que pode estender ou antecipar o prazo de acordo com os sinais mostrados pelos dados de emprego e inflação nos próximos meses.
A próxima reunião do comitê de política monetária do Fed, o Fomc, será nos dias 16 e 17 deste mês. A criação de vagas em novembro ocorreu sobretudo nos setores de serviços, varejo, saúde e manufatura. Os números do Departamento do Trabalho mostram ainda estabilidade na taxa de participação na força de trabalho,em 62,8%.
O índice teve pouca alteração desde abril e permanece muito abaixo dos 66% registrados antes da crise. A revisão de dados de meses anteriores também indica um mercado de trabalho mais vigoroso do se pensava. Em outubro, a criação de vagas ficou em 243 mil, em comparação com as 214 mil divulgadas antes. Em setembro, foram gerados 271 mil postos, ante os 256 mil divulgados originalmente.

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