Eu e o outro na cidade

Arquitetura, design, arte e política tem algo a ver com a minha rua? Ou com minhas escolhas? Para melhor ou para pior? Os professores Clarisse Rahmeier e Pedro de Santi comentaram na abertura do evento da tarde do O melhor lugar do mundo estes pontos, arquitetura, design, arte e política constroem e influenciam “as relações entre o eu e o outro”. Os dois professores perguntaram se a cidade é “capaz de unir ou de separar?”
As respostas chegaram em diferentes formatos. Primeiro, discutindo as “pessoas invisíveis”; e não só nas ruas. Depois, com uma pergunta incomoda: “quantas vidas existem em cada janela?”. E os animais de rua? Interessam para o cenário urbano? Por último, os contos que acidade permite escrever e até um “Domingo na Paulista” um pouco diferente. A seguir, o registro, em forma de resumo, dessas apresentações:

O OUTRO INVISÍVEL (Estudantes Letícia Coletti e Diego Wogel)
• Apresentação de relatos fotográficos: pessoas em situação de rua;
• Uma das fotos apresentadas, em preto e branco, era de um mendigo sendo retirado da calçada. Poucos momentos depois, a rua estava lavada;
• Que mágicas fazemos para encarar o vazio?
• O projeto termina com a única foto colorida: uma árvore, sinal de esperança para aquelas pessoas conseguirem sair da rua;
• Missão do projeto: dar visibilidade para os invisíveis.

AQUI DE CASA (Estudantes Juliana Lee e Vinícius Raft)
• Quantas vidas existem em cada janela dos tão altos prédios?
• Não nos conhecemos, mas habitamos o mesmo espaço;
• Apresentação de pequenas narrativas, poemas e fotos sobre a relação entre as janelas e nossos papeis na vida pública.

QUE BICHOS SOMOS NÓS? (Estudantes Luísa Quintana e Larissa Laban)
• Relação entre a empatia do ser humano com animais de rua em São Paulo;
• O objetivo era de dar visibilidade e mostrar o que está acontecendo com os animais de rua;
• Os gatos perambulam pelas ruas à noite, em situação de risco e o trabalho das ONGs não dão conta do recado;
• A questão do animal acaba ficando de lado. Os animais não têm voz.

CALÇADA DO TROPEÇO (Estudante Luiz Filipe Motta)
• Apresentação e leitura de uma coleção de contos que retratam o eu e o outro do nosso espaço-cidade;

NADA DE ALEGRIA (Estudante Gabriel Burmeister)
• Domingo na Paulista. Primeiro dia fechada para carros;
• Artistas de ruas foram entrevistados pelo aluno;
• A arte só acontece quando o público olha, quando o público interage, quando o público sorri para o artista e demonstra esse retorno;
• No final do dia, quando os carros voltam, a confraternização acaba, os barulhos voltam e a avenida perde sua confraternização.

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