Confiança recorde na economia alemã

Parece que o céu é o limite para a economia alemã. A confiança das empresas teve sua quinta alta consecutiva, saltando neste mês, para o mais alto nível desde 1991. Isso deixa o Bundesbank (o BC alemão) otimista quanto ao crescimento da maior economia europeia..
Com a demanda interna apoiada num mercado de trabalho dinâmico, os riscos para o crescimento são quase exclusivamente externos. “O ânimo das empresas alemãs é de entusiasmo”, disse o presidente do instituto Ifo, Clemens Fuest. “A economia alemã está se mostrando muito vigorosa”.
O crescimento da economia no primeiro trimestre foi o maior em um ano, reforçado por uma recuperação inesperada da indústria, o que é um bom presságio para os investimentos. Neste mês, o BC alemão elevou sua perspectiva econômica para até 2019, dizendo que a alta do emprego, dos gastos dos consumidores e da construção civil assegurará um “ritmo estrutural contínuo” de expansão, como mostrou matéria distribuída pela Bloomberg, publicada no Valor de 27/06.
“O reaquecimento da indústria poderá ser a história surpreendente do ano na economia alemã”, disse Carsten Brzeski, economista-chefe alemão da ING-Diba, em Frankfurt. “Num momento em que a economia interna alemã ganha ainda mais impulso, os maiores riscos ainda vêm do exterior.”
Até agora, os executivos alemães vêm ignorando o risco de políticas protecionistas americanas, bem como as ameaças de crescimento mais fraco no Reino Unido em resposta às negociações da Brexit.
O índice do ânimo para negócios do instituto Ifo, com sede em Munique, subiu para 115,1, em junho, ante 114,6 em maio. Esse é o maior desde que os dados para a Alemanha reunificada começaram a ser compilados. A medida das condições econômicas atuais melhorou de 123.3 pontos para 124,1, e o indicador das expectativas subiu de 106,5 para 106,8.
A força da indústria foi exposta pelo índice dos gerentes de compras divulgado na sexta-feira, que está no maior nível desde 2011.
“A inexplicável euforia parece continuar”, disse Andreas Scheuerle, economista da Dekabank em Frankfurt. “Os índices do Ifo e do PMI já eram muito otimistas em comparação com os números reais no primeiro trimestre, e agora eles estão ainda mais otimistas”.

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