Bolsas de NY têm fortes quedas com retaliação comercial da China

Os índices acionários de NY voltaram a apresentar fortes baixas nesta segunda-feira (13), revivendo as tensões que varreram os mercados na última semana, com o acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O dia de negócios foi marcado pela alta volatilidade, com o índice VIX da Cboe disparando 28,12%, para 20,55 pontos.
O Dow Jones encerrou o dia em queda de 2,38%, aos 25.324,99 pontos e o S&P 500 caiu 2,41%, para 2.811,87 pontos. Os dois índices tiveram, nesta segunda, o segundo pior desempenho diário no ano. No dia 3 de janeiro, o S&P 500 recuou 2,48% e o Dow Jones cedeu 2,83%. Já o Nasdaq fechou o dia em queda de 3,41%, aos 7.647,02, em seu maior recuo diário de 2019.
Após as sobretaxas americanas a US$ 200 bilhões de produtos chineses entrarem em vigor na última sexta-feira (10), havia tensão entre os investidores com a possibilidade de retaliação do governo chinês. Hoje, o Conselho de Estado do país asiático anunciou que vai aumentar tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de 1o de junho.
“Passamos de um acordo iminente para a ameaça de uma guerra comercial em uma semana”, disse Athanasios Vamvakidis, analista do Bank of America Merril Lynch em análise publicada nesta segunda. “Esta é uma clara escalada das tensões comerciais e vai contra nosso cenário-base de que o pior seria evitado”, aponta o documento.
Dez dos onze índices setoriais do S&P 500 encerraram o dia em queda, com destaque para o segmento de tecnologia, que apresentou forte retração de 3,71%. No acumulado mensal, empresas do segmento – que possuem grande exposição ao mercado chinês – acumulam desvalorização superior a 7%.
Os papéis da Apple foram os mais penalizados nesta segunda e caíram 5,81%, liderando as perdas do índice Dow Jones. Na sequência vieram as ações da Boeing, com recuo de 4,88%. A fabricante de aviões, que possui a China como seu principal mercado consumidor, teve ainda uma matéria publicada no “Wall Street Journal” relatando que as operações do 737 Max não devem ser retomadas antes de meados de agosto, que influenciou o movimento negativo de seus papéis.

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