Bloomberg entrará na disputa democrata pela presidência dos EUA

O bilionário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, confirmou que participará da corrida presidencial democrata apesar de enfrentar um caminho difícil até a indicação do partido, diante do terreno bastante disputado para 2020.
Os conselheiros de Bloomberg estão trabalhando nos planos para formar uma equipe de campanha com foco nos Estados da chamada “superterça”, que possuem muitos delegados e votarão em 3 de março. Muitos dos candidatos democratas investiram menos recursos nesses Estados do que nos primeiros que realizaram prévias, Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul.
Bloomberg, fundador e acionista majoritário da Bloomberg LP, controladora da Bloomberg News, já deu entrada na documentação para figurar nas cédulas primárias em alguns Estados com votação antecipada. Ainda assim, essa entrada tardia indica que ele ficará significativamente atrás em termos de criação de uma estrutura de campanha nacional. Muitos candidatos de primeira linha estão há meses se preparando para uma luta primária prolongada, fazendo campanha e investindo recursos na organização e no envio de mensagens.
A decisão do ex-prefeito de Nova York vem nove meses depois que ele ter dito que não disputaria a presidência americana por causa da dificuldade em ganhar a indicação do Partido Democrata. Mas seus assessores disseram, no início do mês, que Bloomberg estava preocupado com o fato de a atual safra de candidatos não ter condições de derrotar o presidente Donald Trump nas eleições gerais.
Bloomberg se desculpou na semana passada pela política anticrime durante sua gestão na cidade de Nova York, conhecida como “deter e revistar”, que conferia aos agentes de segurança ampla liberdade para abordar cidadãos com comportamento considerado suspeito.
O ex-prefeito havia defendido a política anteriormente, apesar das críticas de que a medida era direcionada injustamente a jovens negros e latinos. Sua relação com essa medida pode prejudicá-lo junto aos democratas negros, que compõem um bloco de votação significativo nos Estados do sul, cujas primárias ocorrem no início da disputa.
Aos 77 anos, Bloomberg se juntaria na corrida presidencial aos senadores septuagenários Bernie Sanders e Elizabeth Warren e ao ex-vice-presidente Joe Biden, contra o presidente Trump, de 73 anos.
Bloomberg foi democrata por muito tempo antes de se tornar republicano e candidatar-se a prefeito em 2001. Posteriormente, deixou o Partido Republicano e não se afiliou a nenhum partido quando se candidatou à presidência em 2008. Neste ano, registrou-se novamente no Partido Democrata.

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