Apple revela o iPhone mais caro da história

A Apple apresentou, dia 12/09/2018, o iPhone mais caro de todos os tempos, juntamente com um novo relógio inteligente com recursos médicos, em um esforço para manter o crescimento da receita de seus carros-chefe.
O trio de novos smartphones inclui o iPhone XS Max, de US$ 1.099, o maior e mais caro celular da companhia, com tela de 6,5 polegadas. Uma versão atualizada do iPhone X de 5,8 polegadas – batizada de iPhone XS – vai custar US$ 999, o mesmo preço que seu antecessor, embora alguns analistas esperassem uma redução no preço, como mostrou artigo do Financial Times, assinado por Tim Bradshaw e Richard Waters, publicado no Valor de 13/09.
A Apple também adicionou à sua linha de produtos o novo iPhone XR, que terá corpo de alumínio no lugar do aço usado nos XS, e uma tela de 6,1 polegadas. Mas, apesar da promessa do diretor- presidente Tim Cook de que o XR vai levar “o futuro dos smartphones para ainda mais pessoas”, o preço inicial do aparelho, de US$ 749, é US$ 50 mais alto do que o definido para o iPhone 8 quando esse aparelho foi lançado, há um ano.
“A introdução do iPhone XR desafia as convenções ao oferecer uma tela maior numa faixa de preço mais baixa que a do iPhone XS”, disse Geoff Blaber, da empresa de pesquisa e análise CCS Insight. “A Apple continua a quebrar todas as regras no que se refere a preços de aparelhos eletrônicos para o consumidor.”
O iPhone 7, lançado há dois anos, passará a ser vendido por US$ 449; e o iPhone 8, por US$ 599, em ambos os casos o equivalente a US$ 100 dólares menos que no ano passado.
Patrick Moorhead, analista da consultoria de tecnologia Moor Insights & Strategy, disse que a Apple “fez o suficiente… para dar continuidade ao crescimento de seu smartphone até que a concorrência reaja.”
Os iPhones foram apresentados juntamente com um novo Apple Watch, que também teve aumentos. O preço do modelo da Série 4, capaz de se conectar aos smartphones, começa em US$ 499, US$ 100 a mais que seu equivalente de um ano atrás. O relógio inteligente ganhou um novo sensor elétrico de frequência cardíaca, com qualidade médica e aprovado pela agência reguladora americana.
O aumento de preços foi peça-chave para o crescimento das receitas da Apple no ano passado, permitindo à empresa elevar seus ganhos apesar do aumento mais lento do volume de vendas.
Para justificar os preços mais altos, a Apple está recheando de tecnologia seu iPhone XS, incluindo o novo processador A12 Bionic e a possibilidade de o consumidor usar dois chips no mesmo aparelho, assim como um novo acabamento dourado.
O A12, concebido pela própria Apple, é o primeiro processador de 7 nanômetros a chegar ao mercado, largando na frente de rivais como a Intel. Além de dar mais rapidez a recursos como reconhecimento facial e garantir um salto no desempenho geral, o novo processador vai melhorar as fotografias das câmeras dos iPhones, que também receberam sensores de imagem aprimorados.
O iPhone XR, mais barato, também vai incluirá o processador A12 e capacidade para dois chips. O preço menor do aparelho se deve a seu corpo de alumínio, câmera traseira com lente única e tela de LCD.
Com a capacidade para dois chips, os usuários poderão ter dois números de telefone ou dois planos de celular no mesmo aparelho. Para permitir isso, a Apple trouxe para os iPhones, pela primeira vez, os cartões SIM, já utilizados nos iPads e nos relógios inteligentes da marca. Operadoras de celular como AT&T, Verizon, Vodafone, EE e Deutsche Telekom vão aceitar os e-SIMs.
O lançamento do iPhone ocorre ao mesmo tempo em que a Apple se aproxima dos dois bilhões de aparelhos vendidos com o sistema iOS, entre iPhones, iPads, Apple TVs e relógios Apple Watch.
Ontem, a Apple informou que a FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, aprovou o sensor de eletrocardiografia do Apple Watch e o novo software para detectar irregularidades na frequência cardíaca, que podem ser um sinal de fibrilação atrial. Segundo a empresa, é a primeira vez que um aparelho de eletrocardiograma “de balcão” é aprovado pela FDA.
O sensor abre as portas para que o Apple Watch deixe de ser apenas um monitor de atividades físicas para tornar-se algo mais próximo de um dispositivo médico.
Dispositivos para vestir, incluindo o Apple Watch e os fones de ouvido AirPod, que são produzidos na China, estão sendo ameaçados pelas tarifas de tributação propostas pelo governo americano. A Apple indicou que vai repassar os custos extras a seus consumidores, por meio de preços mais altos, mas não está claro se o novo preço do Apple Watch já é um reflexo disso.

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