Para conter TI chinesa vale até acusação de espionagem

Concorrência é algo muito curioso e provoca reações, inclusive de medo, muito estranhas. Ontem, a agência de notícias Associated Press noticiou que a Comissão de Inteligência do Congresso Americano distribuiu um alerta às empresas do país sobre a compra de produtos e equipamentos de telecomunicações.
O alerta da Comissão tinha um alvo bem determinado: as duas maiores empresas chinesas e sul-coreanas do setor. Segundo a Comissão comprar produtos dessa origem era um risco para a segurança nacional dos Estados Unidos. A situação era tão clara que a Comissão inclusive alertava que as autoridades de regulação econômica deveriam “vetar fusões e aquisições” no país, caso o negócio envolvesse empresas de TI da China e da Coréia.
O informe dos deputados da Comissão explica que a decisão reflete a “preocupação com o cyberataques” cuja origem pode ser a China. A Comissão pediu que o governo americano não inclua nenhuma componente das empresas asiáticas porque poderiam “trazer riscos de espionagem”.
Os representantes das empresas acusadas pela Comissão responderam imediatamente que suas empresas “não são a China” e muito menos o governo chinês. Eles destacaram que muitos investimentos que fazem são dentro dos Estados Unidos, gerando emprego e renda ao povo americano.
A empresa coreana acusada pela Comissão é a segunda maior fornecedora de equipamentos de TI do mundo. A primeira é a chinesa acusada pela Comissão.
Analistas apontaram que a decisão da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados pode esconder medidas de protecionismo disfarçados à empresas americanas que perderam concorrências para empresas coreanas e chinesas.

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