IBGE: desigualdade de renda melhorou. Mas, não muito.

Desigualdade de renda é problema antigo no Brasil. Porém, estudo do IBGE mostrou que em 2011 o País atingiu a menor desigualdade dos últimos 30 anos. A base para a essa afirmação dos técnicos é o indicador internacional, o Coeficiente de Gini, índice que vai de 0 a 1 e quanto menor for o índice menos desigual é a sociedade. O Brasil tinha 0,583 em 1981. No ano passado alcançou 0,508. Parece pouca a queda, mas não é.
A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais feita com base nos últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD, confirmou a melhoria de renda das camadas mais pobres. O avanço não quer dizer que a desigualdade foi resolvida no Brasil,. Basta comparar com o Índice Gini de 0,290 da Alemanha, de 0,308 da França ou de 0,244 da Suécia.
O índice brasileiro de desigualdade social ainda é muito alto porque os 20% mais ricos ainda ficam com 60% dos rendimentos do País. Já os 20% mais pobres ficam com apenas 3,5% do total da riqueza. O IBGE, no entanto, alertou que esse número melhorou: em 2001, os 20% mais pobres ficavam com fatia bem menor: só 2,6% dos rendimentos totais.
Para que os 20% mais pobres dos brasileiros alcançassem um percentual de 0,9% maior de renda foi preciso que ocorresse uma redução de 6 pontos percentuais na renda dos 20% mais ricos. O motivo dessa diferença de descontração de renda está na quantidade de população de um grupo e de outro.
Os técnicos do IBGE explicaram a mudança no perfil de renda no País em outras palavras: os 20% mais ricos, em 2001, ganhavam 24 vezes mais do que os 20% mais pobres. Em 2011, essa diferença caiu para 16,5 vezes. Essa diferença ainda traduz extrema desigualdade. Os técnicos lembraram que na União Europeia, por exemplo, na média dos países, a relação entre os mais ricos e os mais pobres está entre quatro e seis vezes.

Comentários estão desabilitados para essa publicação