Por que as empreendedoras são mais felizes que os empreendedores?

Pode haver uma longa estrada pra chegar lá, mas quando mulheres dirigem seus próprios negócios, são mais felizes do que nunca

Há muita coisa sendo dita lá fora sobre a situação da mulher no país. A diferença de gênero está viva quando se fala de salário, confiança, felicidade e o número de mulheres na ciência. Segundo uma pesquisa, as mulheres não são felizes como eram nos anos 70 e sua felicidade em relação aos homens entrou em queda livre.

Mas nem tudo é tristeza e melancolia. Um estudo recente mostra que há um plano de carreira em que a felicidade percebida das mulheres é maior do que dos homens: o empreendedorismo.

Uma em cada 10 mulheres estadunidenses, hoje, está iniciando ou já coordena seu próprio negócio, de acordo com o que saiu em junho. Mais de um terço dessas mulheres querem expandir seus negócios para além de cinco funcionários.

Em termos de idade, o relatório descobriu que as mulheres são mais propensas a coordenar ou começar um negócio entre os 35 e 44 anos – um período em que as mães são mais propensas a estar cuidando de crianças pequenas em casa. A flexibilidade do empreendedorismo pode muito bem atrair essas mulheres durante este período agitado em suas vidas. “Nossa pesquisa descobriu que os benefícios do empreendedorismo vão além do valor econômico e social”, Donna Kelley, professora de empreendedorismo do Babson College e principal autora do relatório, disse em um recente lançamento . “Claramente, o empreendedorismo é a escolha de carreira mais satisfatória para as mulheres.”

A prova está nos números. De acordo com a pesquisa, mulheres com empresas estabelecidas possuem uma felicidade quase três vezes maior do que mulheres que não são empresárias ou donas de empresas estabelecidas. Além do mais, em média, as empreendedoras dão mais retorno do que as que trabalham para um empregador – $ 63.000, em comparação com $ 42,700 nos EUA. “As empreendedoras mostram um aumento substancial de seu bem-estar quando possuem seus negócios maduros, demonstrando um retorno pessoal sobre o investimento que vem ao aventurar-se com o empreendedorismo “, diz Kelley.

Porém, essa felicidade não se traduz para as mulheres que ainda estão começando seu negócio, que relatam níveis mais baixos de felicidade do que as mulheres que trabalham para um empregador, embora tais níveis ainda sejam um pouco mais elevados do que os homens na mesma posição que elas.

A razão para isso pode muito bem ser a confiança do gênero, já escrito por Katty Kay e Claire Shipman no início deste ano no The Atlantic. À medida que as empresas de mulheres amadurecem e se tornam mais bem-sucedidas, seus níveis de felicidade aumentam.  “A confiança é uma crença na própria capacidade para ter sucesso, uma crença que estimula a ação. Por sua vez, praticar a ação reforça na crença da própria capacidade para ter sucesso”, escrevem eles. “Então, a confiança se acumula – por meio de trabalho árduo, através do sucesso, e, até mesmo, através de fracasso.”.

E as ligações entre a confiança e a felicidade são abundantes. “A ligação felicidade-sucesso não existe apenas porque o sucesso faz as pessoas felizes, mas também porque o afeto positivo gera sucesso”, de acordo com pesquisa publicada no The American Psychological Association’s Psychological Bulletin.

A conclusão: Para as mulheres, o sucesso empresarial pode ser a chave para uma carreira feliz. E, à medida que mais mulheres começam e executar seus próprios negócios, o mundo poderá ser um lugar mais feliz.

Tradução aluno da ESPM SP  Ian Perlungieri

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