Os EUA e a manutenção de sua hegemonia mundial

André de Sena, Fuad Ali, Gabriel Garcia, Gustavo Dias e Lucas Orte  Alunos do Curso de Jornalismo da ESPM-SP

No século XXI, as economias emergentes crescem em ritmo acelerado. A China se mostra como o país que tem tido a maior ascensão. Diante deste cenário, o desafio dos EUA é adotar a estratégia correta para continuar a ser a principal potência do mundo.

A chave para a manutenção do poder norte-americano está em duas questões centrais: aprimorar-se internamente e conhecer as estratégias de seus concorrentes.

A primeira questão, a interna, foi abordada pelo Departamento de Comércio do governo Obama. Esse estudo, chamado “A competitividade e a capacidade inovadora dos EUA”, detectou os fatores que travam o desenvolvimento da economia norte-americana.

A qualidade da educação, o baixo crescimento dos empregos, a estagnação dos salários, a piora do saldo comercial da indústria manufatureira e o atraso da infraestrutura foram apontados como problemas a serem resolvidos.

Ainda segundo o estudo, a inovação é o caminho para melhorar tais fatores e torná-los trunfos na busca pela manutenção do poder dos americanos sobre o globo. A mesma inovação que, durante a corrida espacial, alavancou o desenvolvimento tecnológico dos EUA. A mesma inovação que, com a difusão do ensino universitário no fim do século XIX, garantiu mentes preparadas para contribuir com o sucesso norte americano no século XX.

Esse estudo, além de esclarecer qual caminho que deve ser tomado na política interna dos EUA, também mostra que os americanos estão dispostos a passar por cima de seu egocentrismo -algo até natural após tantos anos no topo-, reconhecendo pontos que devem ser melhorados.

A outra questão central para os americanos manterem seu poder, a externa, também exige que eles deixem de lado esse egocentrismo. Não se pode pensar que, pelos Estados Unidos serem a maior potência do mundo, não há nada que possa ser aprendido com os outros países.

Os principais atores da economia e da política global devem ser observados e estudados, em especial a China. Entender as dinâmicas econômicas do país que chega mais perto de ameaçar a supremacia norte- americana é essencial para definir estratégias.

A China soube aprender com o exemplo dos Estados Unidos para alavancar seu crescimento. Não é por acaso que 120 mil chineses estudam em universidades americanas. Cabe agora aos norte- americanos aprender as lições que a segunda maior economia do mundo tem para dar. Um país cujo PIB cresceu com taxas maiores que 7% ao ano nos últimos tempos não pode ser ignorado.

Barack Obama está ciente da importância dos chineses no cenário mundial e pretende enviar 100 mil norte-americanos para estudar no país asiático. Além disso, o presidente quer aumentar o conteúdo sobre  a China nos estudos das ciências sociais nas escolas dos Estados Unidos.

O crescimento assombroso que a China teve nas últimas décadas mostrou aos americanos que, para se manter no topo, eles terão de observar o que se passa em Pequim da mesma forma que os chineses acompanham o que acontece em Washington.

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