Economia americana renasce do xisto

Gabrielle Molento, Julia Abud, Juliana Tourinho, Lara Lincoln e Luiza Paes (alunas do Curso de Jornalismo da ESPM-SP)

Finalmente os Estados Unidos conseguiu enxergar uma luz no fim do túnel. A exploração do gás xisto, gás natural encontrado na rocha xisto, é o motivo da revolução energética que está mudando o cenário econômico do país.

A grande potência mundial vinha sofrendo com o crescimento de outras nações que poderiam ocupar o seu lugar no cenário econômico, sendo a China um grande exemplo. Entretanto, com a diminuição da dependência do petróleo vindo do Oriente Médio e a presença do gás xisto, os EUA estão ficando cada vez mais autossuficientes em fontes energéticas, além de atrair investimentos de indústrias que impulsionam a economia americana.

Dessa forma, podemos perceber uma nova ordem mundial em vigência. Novamente, os EUA vem recuperando o poder que parecia ter perdido na guerra das economias. Agora a potência americana está se tornando autossuficiente, e tem a capacidade de abastecer o mercado internacional em 100 anos.

Ao contrário da posição que os EUA estão assumindo, a China é ainda depende muito do Oriente Médio, assim como o Japão e a União Europeia, como fonte de petróleo. Mesmo sendo um dos maiores exportadores de manufatura do mundo, a tecnologia do país ainda não é o bastante para alcançar a autossuficiência americana em relação a fontes energéticas.

A China lutou fortemente para alcançar a economia americana, e conseguiu, porém, quando se trata de autonomia, a China fica para trás, já que os EUA estão se tornando cada vez mais fortes e independentes.

Além disso, a China é muito atrelada ao Oriente Médio, conhecido por ser uma região de instabilidades. Dessa forma, qualquer conflito social ou econômico afeta diretamente a economia chinesa. Enquanto isso, os Estados Unidos saem menos prejudicados.

Em relação ao Brasil, a nova extração de xisto ainda não tem uma relevância tão grande, já que todo o foco é a descoberta do pré-sal. Num primeiro momento, essa inversão geoeconômica seria drasticamente negativa para o país. Entretanto, é possível que a longo prazo a tendência se torne menos impactante, já que o território brasileiro possui uma reserva expressiva do novo gás. O Brasil possui a 10ª maior reserva de Gás Xisto no mundo. Contudo, ainda não possui tecnologia suficiente para sua extração, assim como o pré-sal.

O valor do gás no Brasil é cinco vezes maior comparado aos EUA, sendo vendido aqui de U$ 12 a U$ 16. Com isso, o baixo preço do produto americano afeta diretamente as indústrias brasileiras, tendo seus investimentos prorrogados podendo ser enviados para outros países. Porém, o etanol tende a ser substituído pelo gás natural e poderia estabelecer uma parceria futura com os Estados Unidos.

Devido ao baixo custo do xisto (4U$), países exportadores de petróleo, como o Brasil, sofrerão impacto tendem a encontrar dificuldades para competir com o preço. Consequência desse baixo preço, o custo da energia hidrelétrica, que seria a maior do Brasil, irá aumentar devida baixa demanda. Dessa forma, para o Brasil, especula-se que o impacto do xisto será predominantemente negativo.

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