A soberania em jogo

Alexandre Siviero, Gabriel Fernandes, Giulia Laseri, Rafael Costa e Renan  Reis, alunos de Jornalismo da ESPM / SP

Elas não querem mais fazer arroz soltinho. Com certeza não querem ficar para trás. As mulheres ganharam participação no mercado de trabalho e isso não é um fator exclusivamente brasileiro.  Atualmente ocupam metade dos empregos na América Latina, segundo relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgado em 2013. Entretanto, os homens chegam a receber um salário 25,3% maior do que o das mulheres. Com isso, as mulheres passaram a investir mais em si mesmas, profissionalizando-se e aperfeiçoando-se para poder competir com os homens no mercado de trabalho.

Cerca de 400 mil norte-americanas abandonaram seus empregos e estão regressando às universidades. Isso é um fenômeno mundial, pois a competição no mercado de trabalho não é isolada. A corrida não acontece somente entre os gêneros, mas também entre nações, onde o lucro é o prêmio na linha de chegada. Esopo já tinha nos avisado em 500 a.C. que não devemos contar vantagem só porque somos mais rápidos ou maiores. E aparentemente alguns países esqueceram como a história termina.

Os EUA ainda é uma potência, entretanto está perdendo espaço para os países asiáticos. No século XX o país se tornou a maior economia do mundo. No século XXI a insuficiência de capital na educação, o baixo crescimento de empregos, a estagnação de salários, atrasos na infraestrutura e, predominantemente a queda dos indicadores de inovação são os principais motivos pelos quais a economia internacional está se tornando um perigo para os EUA. Para a hegemonia se estabelecer, é preciso investimento nos três pilares fundamentais da inovação, que são a pesquisa, educação e infraestrutura, o que não é feito.

Os asiáticos, por outro lado, tem a estratégia geoeconômica e apostam em novos mercados, como o caso da China, que construiu tanto novos prédios de administração pública na Argélia quanto novas escolas por todo o continente africano. Sendo 128 mil estudantes chineses nos Estados Unidos, eles estão tomando o mundo. Caso os superem, como já está ocorrendo (considerando que muitas escolas já oferecem cursos de mandarim), uma nova hegemonia, difícil de ser combatida, será formada.

Não é só a Ásia que constitui uma ameaça para os EUA. Os  BRICS, bloco econômico formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, também são um mercado em ascensão que pode representar uma grande força para o país, caso decidam se ajudar. Os BRICS podem ser uma grande fonte de consumo para os EUA, cabe a eles perceber a força que esses países têm. Não se pode dizer que não estão buscando novos mercados. Diferente da política de combate e imperialismo, atualmente conquistam os mercados com a política de on demand. Portanto, deixe de lado o famoso Big Mac e aposte em McBeers, cervejas que vendidas na Europa, ou até em McSpicy Paneer, sanduíches desenvolvidos para os indianos, que, por questões religiosas, tem uma dieta restritiva de carne bovina.

Não regionalize, pense que o mundo possui cinco continentes e 7 bilhões de pessoas.

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